Prefeitura Municipal de Serra da Saudade

30/11 - Serra da Saudade realiza VII Conferência Municipal de Assistência Social

VII Conferência Municipal de Assistência Social em Serra da Saudade

O Conselho Municipal de Assistência Social e a prefeitura de Serra da Saudade, MG, realizaram o VII Conferência Municipal de Assistência Social. A Conferência aconteceu no dia 01 de agosto de 2011, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Serra da Saudade e foi organizada pela equipe do CRAS do município: Cecília Geralda, diretora, Catarina, assistente administrativa, Juliana Inácio, Assistente Social, e a psicóloga Ana Cyntia Mendonça.

Estiveram presentes vereadores de Serra da Saudade como Sebastião da Silva e Rogério, além do secretário municipal de saúde, Amarildo Fernandes, a diretora da Escola Luís Machado Filho, e a vice, Jalma de Oliveira, bem como a comunidade, mães e filho assistiam atentos as palavras da Assistente Social de Divinópolis, Adriana Eva Cardoso, convidada, que falou sobre o tema da Conferência: Consolidar o SUAS e Valorizar seus Trabalhadores.

A Conferência iniciou com a leitura da Lei da Assistência Social pela diretora do CRAS, Cecília Geralda, e após, a Assistente Social de Serra da Saudade, Juliana Inácio convidou a Assistente Social, Adriana Eva Cardoso para proferir sua palestra.
Adriana Cardoso agradeceu a presença de todos e comentou sobre a importância da Política de Assistência Social para o país.

Segundo ela, antes,” a Assistência Social era uma caridade”. A partir da Constituição de 1988, a Assistência deixou de ser um favor para a população e instala-se como um direito de todos, bem como a saúde e a previdência social, etc.
Com a criação da LOAS, Lei da Organização da Assistência Social, percebeu-se que era necessário resgatar os valores da família.

Cecília Geralda, diretora do CRAS faz a leitura do regimento da entidade.

A palestrante ressaltou que foi a partir de 2004, com o presidente Lula e Patrus Ananias, que a Assistência Social começou a ser trabalhada por meio do SUS e dos municípios.

Cardoso afirmou que o CRAS é como se fosse o Posto de Saúde. O sistema é descentralizador e o município pode decidir sobre suas prioridades. É necessário, segundo ela, uma comunicação do CRAS, ou seja, do Conselho de Assistência Social, com o Legislativo para a criação de políticas públicas no sentido de oferecer um trabalho com melhores oportunidades para aqueles que necessitam.

Hoje, salienta Cardoso, são duas formas de participação da comunidade nas decisões das entidades, após a Constituição de 1988, com a democracia participativa, ou seja, a eleição direta para vários cargos públicos no país. Sendo possível que se detecte os problemas do município e os vereadores possam por meio de leis, melhorarem as condições de vida da comunidade.

Segundo Cardoso, antes os problemas da família eram transferidos para a educação. Por isso, a importância do trabalho da Assistência Social em parceria com a educação.

Atualmente, as políticas públicas devem ser construídas “de pessoas com pessoas e para as pessoas, para saber entender a demanda dentro da prática das Leis da LDO, LOA”, etc, afirma Cardoso.

Para ela, o CRAS é o principal meio para o acompanhamento da família e proposta de desenvolvimento das pessoas na comunidade. E convidou a todos para participarem da entidade: - “conheçam o CRAS, que é um direito de vocês!”, afirmou. E afirmou que é necessário valorizar os profissionais que exercem funções no CRAS, pois, eles merecem uma remuneração digna, concluiu.

Em seguida, a palestrante também de Divinópolis, formada em Ciências Sociais, e concursada do município, Sirléia Moreira Tavares, começou afirmando que se sentia feliz de ver que as mulheres ocupavam cada vez mais espaço em Serra da Saudade, a começar pela prefeita Neusa Ribeiro.

A socióloga, especialista em Saúde Pública, afirmou que a Assistência Social é uma engrenagem, um trabalho que envolve todos os profissionais, e parabenizou a prefeita pela estrutura e o nível de desenvolvimento do CRAS no município.

Adriana Eva Cardoso, palestrante.

Tavares comentou sobre a valorização das pessoas que fazem o CRAS. Os profissionais são imprescindíveis, pois, não se faz Assistência Social sem Assistente Social e sem Psicólogo. E agora, segundo ela, estão colaborando com o trabalho da Assistência Social, pedagogos, economistas, antropólogos, entre outros profissionais.

Tavares afirmou que a Assistência Social é a “proteção social”. O mais importante é a pessoa e a valorização começa pelos profissionais que fazem o trabalho no município. Segundo ela,” o ser humano é a base de tudo, por isso, temos que trabalhar nossas famílias.”

E o servidor público deve se empenhar no trabalho do CRAS, para servir o outro de acordo com a demanda do município. Importante reconhecer que são profissionais que possuem nível técnico com habilidades para realizar o atendimento oferecido.

De acordo com Sirléia Tavares, a família terceiriza suas responsabilidades para a escola, a igreja, a saúde, e o CRAS pode auxiliar, sem no entanto, assumir essa responsabilidade, mas, sim, no sentido de proteger, buscando alternativas para os problemas da comunidade.

Comentou sobre a valorização do profissional do CRAS e a remuneração digna, mas, também o respeito de acordo com a sua atribuição. E ainda, a que para os profissionais a criação do plano de carreira para os servidores é questão fundamental.

Segundo Tavares, em Serra da Saudade há espaço e estrutura para funcionamento adequado para o funcionamento do CRAS e, ainda, a demanda dos trabalhos que necessitam ser desenvolvidos.
“Concluo dizendo que é necessária a boa remuneração, a intersetorialidade e vocação. Como diz Max Weber, “se tenho
Palestrante Sirléia Tavares

vocação, desenvolvo melhor”.

Após, a palestra, houve a apresentação do Grupo Jazz, de Serra da Saudade, sob a coordenação da professora Marcela Bianca, de Dores do Indaiá.

Em seguida, foi apresentado um vídeo sobre “Projetos e Eventos realizados pelo CRAS”, de Serra da Saudade.
A Assistente Social do município declarou que o CRAS está com novos projetos e espera contar com o apoio da comunidade para desenvolvê-los.

Após o coffe Break, houve esclarecimentos de dúvidas a respeito das atribuições do CRAS, e cada um recebeu no kit da Conferência, uma folha na qual poderia fazer sugestões sobre o que pode ser feito ou melhorado na comunidade de Serra da Saudade. Muitos participaram com várias idéias que foram apresentadas pela socióloga.

As propostas foram as seguintes:
1.    O que deve ser feito para melhorar a gestão do trabalho no município.
2.    O reordenamento e qualificação e qualificação dos serviços sociais assistenciais.
3.    Fortalecimento da participação e do controle social.
4.    A centralidade SUAS na erradicação da extrema pobreza no Brasil.

Entre as propostas apresentadas podem ser destacadas como valorização do trabalho do profissional do CRAS, a participação nos eventos sociais, a participação da comunidade, principalmente, os jovens.
Criar opções de trabalho para os adolescentes (na erradicação da pobreza), melhoria da estrutura familiar, mais oportunidades de emprego para a população. Oferecer mais palestras para os jovens com temas ligados à pedofilia, drogas, e ainda, cursos profissionalizantes.

Proporcionar projetos educativos em parceria com a saúde, educação e Conselho Tutelar.
Trabalhar uniformizado, com crachá e oferecimento do plano de carreira para os profissionais do CRAS.

Ampliação da sede do CRAS para melhor atendimento das famílias.

Oferecer mais oficinas integrando filhos e pais.

Segundo a Assistente Social, Adriana Eva Cardoso, as demandas apresentadas tiveram vários pontos em comum, e que posteriormente, seria elaborado um plano de diretrizes.

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